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sexta-feira, 26 de março de 2010

A guerra do fogo e a linguagem



O filme trata de homens da pré-história, homo sapiens na busca da fonte de fogo para a sua tribo. É nesse cenário que vão se dar as relações, comunicação, encontros, disputas por meio da subjetividade. A linguagem usada pelos homens da tribo que vão à busca do fogo são grunhidos, gritos e linguagem corporal, deste modo eram expressadas as emoções, dor, paixões; seria a primeira manifestação de linguagem do ser humano. Assim, podemos perceber o grande nível de subjetividade para que eles se entendessem. Uma das cenas marcantes é quando um dos homens joga uma pedra pesada na cabeça de outro, e todos até mesmo o que foi atingido, com a cabeça sangrando, começam a rir. O acontecido foi uma piada, ficou implícito para nós telespectador, mas pra eles era subjetivo, e eles entendiam. Outra cena é quando um dos homens queria coabitar com uma mulher, mas ele não podia porque ela era de outro, e o parceiro dela não estava com desejo até que percebeu o interesse de seu colega, e foi fazer sexo com ela. As emoções manifestadas facilitavam o processo de comunicação, pois a percepção identificava no subjetivo o que queria se comunicar. Os peregrinos do filme encontram outra tribo, essa que por sua vez tem uma comunicação mais complexa e mais evoluída. Esses também têm habitações e ritos, outra evidência de evolução em relação ao primeiro grupo. Com a interação das duas tribos o homens do primeiro grupo aprendem as novas linguagem e começa o processo de sofisticação da capacidade de se comunicar. Os signos estão presentes neste processo, vemos numa cena um guerreiro da primeira tribo assume a chefia do grupo e vai atrás de buscar o fogo, já que os viajantes não tinham voltado. Se percebe o símbolo do poder, do comando. Deste modo, vemos como se deu a sofisticação da comunicação, que se desenvolveu a partir de uma linguagem vocálica e gestual para um sistema complexo. que foi se aprendendo e adaptando com o passar do tempo.

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