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sexta-feira, 26 de março de 2010

Livro Sétimo da República de Platão


No primeiro semestre do meu curso de graduação tive uma cadeira de filosofia, na qual tive que ler o livro sétimoda república de Platão um clássico da literatura filosófica. Taí as conclusões e observações minhas do livro.

O livro sétimo da república de Platão é um diálogo de Sócrates e Glauco. Platão sempre usa Sócrates como personagem principal de suas narrações, isso devido ao grande amor que por ele sente.
Logo no começo do livro encontramos o mito da caverna, que representa muito bem a doutrina platônica. O mito relata que homens moram em uma caverna, e já nascem presos nela, amarrados com correntes pelos pés e pescoço, voltados para o fundo da caverna. Na entrada da caverna tem um muro e homens ficam passando de um lado para o outro, eles carregam figuras que erguem acima do muro. Mais na frente há uma fogueira, que ilumina e projeta as sombras das figuras no fundo da caverna. Os homens aprisionados só conseguem ver as sombras dessas figuras e imaginam que o mundo é apenas aquilo. Um deles se solta e rapidamente sai em direção à entrada, pula o muro e observa os homens, as figuras, a fogueira, e vê que são apenas homens e figuras. Sai da caverna e vê o Sol, que com o seu brilho ofusca sua vista. Então ele percebe que é hora de voltar e libertar seus companheiros. Agora ele sabe. O mito coloca dois pólos opostos e Platão nos põe a pensar sobre eles: o mundo das idéias e o mundo das coisas. O prisioneiro via no fundo da caverna o que era refletido, mas depois ele soube que a luz projeta as sombras das figuras de verdade, e compreende que o mundo não era só as sombras. A idéia platônica nos mostra que o “mundo que de fato é”, nem sempre coincide com o “mundo ideal que deve ser”.
Temos também uma teoria política, estética e ontológica do conhecimento, onde o conhecimento e a realidade têm uma hierarquia. Esse processo parte da imaginação e vai para a crença, por percebermos apenas imagens e objetos sensíveis. Com estudos (matemática, geometria, astronomia; ciências citadas na obra), observações e análises, o conhecimento do homem vai evoluindo, e chega ao topo intelectual quando descobre a “idéia” que Platão chama de forma, que é o que vai determinar como as coisas vão ser e como elas vão se desenvolver.
Para Platão não bastava ao homem chegar ao máximo “SER”, mas era preciso retornar. Na teoria política, Platão retrata que um bom governante seria aquele que conhecesse não só a subida da imaginação à intelectualidade, mas também a descida, “o retorno à caverna”. Sabendo que o uno está contido no múltiplo.
Um dos grandes questionamentos da época era saber o que é virtude. Platão conclui que o individuo chegaria à virtude (bem) quando fizesse sua função especificada da melhor forma possível. Ele tinha a visão que não basta apenas nascer para ser humano, mas era preciso fazer certas coisas. Há humanos que ficam na escuridão, outros que buscam conhecimento, crescimento, e são esses que Platão enaltece. Os que buscam crescer nos estágios do conhecimento e procuram fazer algo em sua maior excelência.

2 comentários:

  1. Gostei,pois vou começar a estudar sobre isso,a professora disse que seria muito dificil de entender,espero conseguir.Achei muito interessante.
    entre em contato caso tenha mais informaçoes que me ajude a entender bem.--->nessa_kit@yahoo.com.br

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  2. Olá. Não é muito dificil de entender não. Basta fazer uma leitura concentrada, e depois terum bom orientador quejá tenho lido pra tirar algumas dúvidas.

    Anderson Freitas

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